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Feverestival reflete sobre cultura, sonhos e tecnologia na abertura da 17ª edição

Espetáculos ‘Um Jardim para Educar as Bestas’ e ‘Banco dos Sonhos’ iniciam programação do Festival no Teatro Castro Mendes em 29 e 30 de julho


Espetáculo 'Um Jardim para Educar as Bestas' [Eduardo Okamoto, Isa Kopelman, Marcelo Onofri e Daniele Sampaio | Campinas/SP] (Foto: Nina Pires)


O Feverestival – Festival Internacional de Teatro de Campinas – realiza seu fim de semana de abertura da 17ª edição com apresentação dos espetáculos adultos ‘Um Jardim para Educar as Bestas’ [Eduardo Okamoto, Isa Kopelman, Marcelo Onofri e Daniele Sampaio] no dia 29 de julho (sábado) e ‘Banco dos Sonhos’ [Velha Companhia] no dia 30 (domingo). Ambos estarão em cartaz no Teatro Castro Mendes, com ingressos entre R$ 15 e R$ 30 – disponíveis na bilheteria física ou virtual do teatro.


Nesta edição o Feveres, como é carinhosamente chamado, provoca artistas e público a refletirem sobre o tema ‘Tecnologias para sonhar’. Para o fim de semana de abertura, a curadoria propôs dois espetáculos – o primeiro, de Okamoto, selecionado pelo edital de convocatória de artistas da Região Metropolitana de Campinas; e o segundo, da Velha Companhia, convidado de São Paulo para integrar a programação.


“Escolhemos cuidadosamente dois espetáculos que trazem propostas diferentes para o público. ‘Um Jardim para Educar as Bestas’ vai de encontro com a literatura, o sertão nordestino, a riqueza cultural que possuímos e os saberes ancestrais e orientais que falam sobre a construção da resiliência. Teremos neste dia a oportunidade de apreciar uma obra linda e sensível trazida por Eduardo Okamoto e Marcelo Onofri no palco, dois artistas que contribuem muito para o enriquecimento da arte na nossa cidade de Campinas”, explica Bruna Schroeder, membro do Núcleo Feverestival e coordenadora geral da 17ª edição.


“Já em ‘Banco dos Sonhos’, nossa atração de domingo, apresentaremos um espetáculo da capital paulista que questiona os valores do ser humano, aquilo que consideramos importante em nossas vidas e o que levamos daqui depois que partimos. Esta montagem tem trazido reflexões a diferentes públicos pela Velha Companhia, que atua lindamente nas artes da cena desde 2003. Será uma experiência única”, afirma Bruna.


Confira abaixo mais informações sobre cada espetáculo.


O Núcleo Feverestival é composto por Bruna Schroeder, Cauã Borari, Cauê Moreira, Cristiane Taguchi, Dandara Lequi, Dudu Ferraz, Francisco Barganian, Juliana Kaneto e Mariella Siqueira.


Este projeto foi contemplado e patrocinado pelo Fundo de Investimentos Culturais de Campinas – FICC 2022, pertencente à Secretaria Municipal de Cultura e Turismo da Prefeitura Municipal de Campinas. O FICC tem como finalidade fomentar a produção artística local. A 17ª edição é uma realização do Núcleo Feverestival e Território Produções Culturais; correalização da Universidade Estadual de Campinas, Cocen (Coordenadoria de Centros e Núcleos Interdisciplinares de Pesquisa) e Lume Teatro (Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais da Unicamp).


Um Jardim para Educar as Bestas


O espetáculo apresentado por Eduardo Okamoto e Marcelo Onofri é um duo para piano e atuação que reescreve um dos 36 capítulos do livro ‘Homens Imprudentemente Poéticos’, de Valter Hugo Mãe: ‘A Lenda do Oleiro Saburo e da Senhora Fuyu’. Originalmente ambientada em um Japão antigo, a trama é transposta para o sertão brasileiro, em diálogo com textos de Ariano Suassuna, Guimarães Rosa e Euclides da Cunha.


A partir desta mistura de culturas, a dupla percorre a história de Seu Inhês, após um vizinho vidente o prevenir de que um animal esfaimado mataria sua esposa. Decidido a corrigir o destino, o lavrador constrói, então, um jardim para educar a brutalidade dos espíritos.


“É difícil saber onde começa a dramaturgia”, relata Eduardo Okamoto. “Partimos das proposições de Isa Kopelman, como olhar externo; da música de Marcelo Onofri; da organização do projeto, realizada por Daniele Sampaio; da atuação e ou no movimento realizados por mim. Nossa criação é assinada coletivamente e as funções da ficha técnica são diluídas. A forma ‘duo para piano e atuação’ enfatiza, justamente, esta dramaturgia multilinguagem”.


Desta forma, segundo Okamoto, o ‘jardim’ do espetáculo se torna a narrativa de um modo nipo-sertanejo de resiliência diante da incivilidade: misto de manifesto, paciência ativa, aposta na beleza e na poesia como modo de trabalho e lapidação do espírito.


Formado em Artes Cênicas na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), onde hoje também leciona, Okamoto conta que apresentar para o público campineiro no Feverestival “é uma porta que se abre para nos sentirmos em casa, trocar com irmãs e irmãos. O Festival, que vence muitas dificuldades para existir, é uma chance de experienciar aquilo que é a vocação da cidade e que o mundo da política não consegue reconhecer: um território voltado para a inovação, criatividade, imaginação e formas de convívio”.


“Nesta ideia de cultivo de si, não há, como se pode pensar num primeiro momento, fuga aos problemas do mundo. Ao contrário: é a recusa por falar nos mesmos termos que o inimigo; é a recusa, até mesmo, a se contrapor. É a potência de não reagir ao que está dado, por princípio, para tentar imaginar outra coisa. Sonho é cultivo e trabalho. Assim, nestes termos, o desejo não pode ser outro senão a esperança de que o sonho seja direito de todos e todas.” [Eduardo Okamoto]


UM JARDIM PARA EDUCAR AS BESTAS

EDUARDO OKAMOTO, ISA KOPELMAN, MARCELO ONOFRI E DANIELE SAMPAIO

Campinas/SP | Espetáculo Adulto


Data: 29/7 (sábado)

Horário: 20h | Local: Teatro Castro Mendes


Duração: 50min | Classificação etária: Livre | Acessibilidade: Libras e Audiodescrição

Ingressos: R$ 30 (inteira) / R$ 15 (meia) (disponível no site ou bilheteria física do teatro)


Sinopse: Duo para piano e atuação, o espetáculo narra a fábula do Seu Inhês. Por três vezes, o vizinho lhe prevenira de que um animal esfaimado atravessaria o mato para lhe matar a esposa, a Senhora Marly. Decidido a mudar a natureza, o lavrador haveria, então, de fazer do Sertão um jardim sensível, uma obra a amansar qualquer animal zangado. Os bichos aprenderiam a piedade pelo susto de uma beleza.


Ficha técnica: Uma criação de Isa Kopelman, Marcelo Onofri, Eduardo Okamoto e Daniele Sampaio. Com a colaboração de Yumiko Yoshioka, Yasmin Amorim, Nina Pires, Fernando Stankuns e Rubens Delfino e produção de SIM! Cultura



Espetáculo 'Banco dos Sonhos' [Velha Companhia | São Paulo/SP] (Foto: Rebeca Figueiredo)


Banco dos Sonhos


“O que esperar de um banco que vende sonhos? Talvez uma reflexão de quanto vale um sonho no mundo de hoje. Ou uma outra reflexão seria: um sonho tem preço? E uma outra ainda mais complexa: você venderia seu sonho? Essas e outras ideias vão passeando pela peça com nenhuma intenção a mais do que sonhar”, relata coletivamente a Velha Companhia.


A participação do grupo, que completa 20 anos de trajetória em 2023, com a apresentação de ‘Banco dos Sonhos’ no 17º Feverestival, traz para Campinas uma experiência poderosa de sustentabilidade, ressignificação e vida.


Na montagem, uma atriz à beira da morte, a partir da visita de uma inesperada credora, retoma suas memórias e se questiona: ‘Quanto custa sonhar?’ “Está tudo contabilizado, anotado, registrado nos computadores, nos sistemas, que a conhecem por um número. Um simples número, que se refere a uma cliente, que precisa ser cobrada com urgência, porque está próxima do fim”.

Segundo o próprio grupo, esta apresentação no Festival será uma oportunidade grandiosa para descentralizar a difusão cultural, internacionalizar criações, tecer elos, viabilizar formação de público e “abrir arena na ampulheta implacável da mais valia para o encontro, o diálogo e a troca”, pontua a equipe.


“Se todo o aparato eletrônico, aparato de consumo, inteligência artificial e suas ramificações parassem, o que realmente tornaria possível a existência cotidiana e cultural? Qual a essência da comunicação? Quem sonha? Quem é sonhado?” [Velha Companhia]


BANCO DOS SONHOS

VELHA COMPANHIA

São Paulo/SP | Espetáculo Adulto


Data: 30/7 (domingo)

Horário: 19h | Local: Teatro Castro Mendes


Duração: 80min | Classificação etária: 14 anos | Acessibilidade: Libras

Ingressos: R$ 30 (inteira) / R$ 15 (meia) (disponível no site ou bilheteria física do teatro)


Sinopse: Banco dos Sonhos revela o universo onírico de uma transtornada atriz à beira da morte. Em uma rua insone da cidade de São Paulo, a partir da visita de uma inesperada credora, suas memórias e projeções vêm à tona. Quanto custa sonhar?


Ficha técnica:

Texto e direção: Kiko Marques | Elenco: Alejandra Sampaio (Benedita), Virgínia Buckowski (Enoc), Maristela Chelala (Rúbia), Valmir Sant’Anna (O Autor e O Saxofonista Solitário), Mateus Matilde Menezes (Joel/Gerusa), Marília Santos (Gerusa/Anna) e Kiko Marques (Elton) | Direção de produção: Virgínia Buckowski e Alejandra Sampaio | Desenho de luz: Marisa Bentivegna | Figurino: João Pimenta | Cenário: João Pimenta e Kiko Marques | Trilha sonora original: Bruno Menegatti | Direção de imagem e videomapping: Um Cafofo / André Grynwask | Assistência de direção e produção: Fábio Mráz | Provocação cênica: Maria Fernanda Vomero | Analista junguiana: Mariana Laham Bruzzone | Assessoria de imprensa: Morente Forte | Ação formativa de público: Plínio Meirelles | Operadora de luz: Adriana Dham | Operador de som: Caçula Rodrigues e Raoni Gruber | Gravação, mixagem e masterização: Estúdio P4Rei/Luiz Claudio Sousa | Músicos em estúdio: Bruno Menegatti, Gustavo Boni, Gustavo Sarzi, Guegué Medeiros e Luiz Claudio Sousa | Designer gráfico: Fabricio Santos | Fotografia: Ênio Cesar e Rebeca Figueiredo | Videografia: Rodrigo Chueri | Designer de peruca: Paulette Pink

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